22/04/2010

Um dia


Um dia me reservei ao direito de viver. Respirei cada segundo do meu dia como se fosse o último, senti a minha alma se aquiescer com o toque do meu próprio amor e desejei ser amada por uma alma adormecida.

Um dia meu coração acordou indiferente, não queria sentir o sol e, ainda assim, se preocupou com as nuvens alaranjadas que se debandavam rumo ao horizonte. Preocupei-me em saber se elas conseguiriam chegar onde queriam.

Um dia minha mente estava vazia. Me senti rica naquele momento precioso... perder o vazio é mesmo empobrecer. Estava cheia de vontades e ânsias. Só não sabia do quê. O vazio não me permitiu decidir.

Um dia estava decidida a mudar. A ser eu mesma. Mas lembrei que não sou. Apenas faço sentido. E sorri, pela milésima vez, já que não me restava nada a fazer para mudar meu rélis destino.

Um dia eu precisei dançar. Meu peito apertava no compasso de Last Nigth. Meus pés se moviam devagar dentro do sapato alto. Minha cintura iniciava um vaivém de emoções. Tudo no ritmo envolvente da felicidade.

Um dia eu só queria ser feliz. Um dia... quem sabe!!!
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