25/02/2010

Esperando...

E a vida não é simples como ela acreditava. Um dia até chegou acreditar que seria pra sempre. Mas como dizem os legiões do passado, o pra sempre, sempre acaba. E foi o que aconteceu.


Entre idas e vindas, espinhos e tulipas, risos e coca-cola, acabou. Quase acabou com a alegria. Quase acabou com a inocência. E acabou com a ilusão. Solidão é o fim de quem ama, diz o poetinha. E Ana gritava em melodias que (quem sabe) um dia isso passe, sendo ela tão inconstante. Quem sabe o amor tenha chegado ao final.


Mas a vida continuava ao seu redor. E as pessoas continuavam sorrindo. E ela aguardava no portão olhando as estrelas no céu, que também sorriam. Ela não queria deixar a porta aberta e não queria olhar para trás, mas era inevitável não pensar na felicidade que tinha perdido. Então esperava.


A noite pesava em seu peito. Já eram dez e tal e nada. Os carros que passavam na rua lhe traziam um acender de esperança e o ronco do motor trazia a sensação de alívio. Mas nada. Ele mais uma vez não viria.



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