30/12/2008

ANO NOVO

Dar adeus dói. E como não poderia deixar de ser, dar adeus a um ano tão belo é angustiante ; por isso prefiro pensar que não será um adeus, mas um renovo.

A maior alegria que tive, neste ano, foi ter um encontro com Deus. E comigo mesma. Hoje, sou livre pra ser uma garota feliz, ainda que minhas nóias sobre a vida não tenham desaparecido, mas é assim mesmo. Como diz minha mãe, “é mistério, minha filha”.
Naturalmente, passei um ano recheado de amor, amizades encontradas, amizades afloradas e amizades sobreviventes.
Conheci grandes amigas no mundo do blog, com quem quero me relacionar até o fim, mesmo que quilômetros de asfalto nos separem.
MIRI foi uma das minhas maiores conquistas. Amiga verdadeira, que com seu carinho e seu jeitinho excêntrico de ser, me fizeram amá-la tanto quanto eu deveria amar uma irmã. E, é exatamente isso que combinamos quando nos encontramos, agora somos irmãs.
Se eu for falar de cada pedacinho a quem meu coração pertence hoje, não caberia aqui neste blog. Mas deixo aqui um grande beijo, pros amores mais amados...

MIRI, NANA, RÚH, MISS KARI, BECKY, DINHA, NANDA, DANIE, BRENDINHA E MANU.
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Meu ser estava completo, porque além das meninas do blog, eu já contava com as minhas antigas amigas, minha família e a nova família em Cristo. Achei que não caberia mais nada, até que comecei fazer cursinho outra vez.
Vida sem tempo, vida roubada, e eu roubando a minha própria vida pra poder viver! E assim foram os meus últimos meses.
Mas, foi lá que se concretizaram lindas amizades, a ALLINE, com quem eu mais brigava do que ninava, mas tudo pelo seu próprio bem. E o GUGA, que se ler esse texto vai descobrir o quanto o carinho que tenho por ele é especial. Por isso, dedico minhas conquistas e aprendizagens a você professor.

Não acho que valham a pena discorrer mais sobre o que me fez feliz neste ano, além de Deus, meus amigos e minha família.
Que neste novo ano, os bons momentos se conservem e os maus sirvam de lição pros anos futuros.

Amo cada um de vocês, com a intensidade de amor que me é possível.
FELIZ NOVO ANO



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LOLITA: o final

“... Ali estava ela (a minha Lolita), irremediavelmente gasta aos dezessete anos, com aquela criança, já sonhando nela em tornar-se uma pessoa importante e aposentar-se ali por 2020 A.D. E eu não cessava de fita-la, sabendo, tão claramente como sei que vou morrer, que a amava mais que tudo que jamais vi ou imaginei sobre a terra, ou que esperava encontrar em qualquer outra parte. Ela era agora a leve aragem violeta e o eco de folha morta da nymphet sobre a qual me lançara, aos gritos, no passado;
[...]
– Lolita – disse-lhe eu –, talvez não adiante, mas preciso dizer-lhe uma coisa. A vida é muito curta. Daqui até aquele velho carro que você tão bem conhece, há uma distância de vinte, vinte e cinco passos. É uma distância muito curta. Dê agora esses vinte e cinco passos. Agora. Neste momento. Venha assim como você está. E viveremos felizes para sempre.
[...]
– Não – respondeu ela – Não, querido. Não.
Ela jamais me chamara “querido” antes.”

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Bem, depois de tanta correria finalmente consegui terminar de ler LOLITA. O final é mais ou menos assim...
Depois de anos percorrendo o Estado de carro com Humbert, Lolita foge com outro homem, deixando H.H. desesperado á procura de sua filhinha. Até que reencontra Lolita com já dezessete anos, grávida, casada com outro rapaz pobre e surdo. A parte comovente e irônica dessa história é que Humbert percebe que continua apaixonado, apesar de Lolita não ser mais uma ninfeta.
Ele vai atrás de Quilty, o homem que havia levado sua protegida embora e mata-o. Vai preso e resolve escrever o livro.
Sobre a pergunta que eu havia deixado no primeiro post, que dizia que só lendo pra descobrir a “verdade”, deixarei que o próprio H.H. lhes conte:


“Eu a amava, Lolita. Eu era um monstro pentápode, mas amava-a. Era uma criatura desprezível, bruta, torpe e tudo o mais, mais jet’aimais, jet’aimais! E havia ocasiões em que eu sabia como você se sentia – e era um inferno sabê-lo, minha pequena! A pequena Lolita, a corajosa Dolly Schiller!

§

16/12/2008

DIFERENTES... ?!

Você se arriscaria a levantar a mão com segurança e dizer que é diferente de todos os outros?

Livros, jornais e propagandas falam que cada pessoa é única.
E que todo mundo é importante e especial de uma maneira singular.
Mas num mundo com quase 7 bilhões de pessoas, quem se arrisca a levantar a mão com segurança e dizer que é diferente de todos os outros?

E o mais importante: como podemos afirmar que somos diferentes, quando no fundo, no fundo, temos sempre o desejo de sermos iguais a alguém?

Queremos ser como os nossos heróis.
Queremos ser incríveis, fantásticos.

E diante disso, será que queremos mesmo ser alguém singular?
Não... queremos ser importantes, grandiosos... Mas não necessariamente únicos.

Vivemos numa sociedade onde o anonimato é desprezado...
Onde o pequeno é pouco...
Onde o sozinho é vazio...
Onde o que os olhos não vêem o coração não valoriza.

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Se não conseguimos fazer muito, então não fazemos nada.
Se não conseguirmos mover o mundo, então nem nos movemos.

“Todos se comovem, mas ninguém se move”


Vibramos com os feitos de nossos heróis e esquecemos de que também somos extraordinários para alguém.
Isso é singularidade.

E esse é o tamanho da importância da singularidade para o mundo de hoje.
Não importa quem você é, há sempre alguém que o considera importante.
Existe pelo menos uma pessoa que precisa de você.
Existe um trabalho que nunca será feito se você não o fizer.
Existe um espaço que só você pode preencher.
Isso é singularidade.

Se você quer mudar o mundo, comece mudando a si mesmo.
Mude a sua percepção de grandeza.
Depois se dedique a mudar a vida de uma única pessoa...
E depois de outra, e de outra, e de outra ...
Porque é só assim que se muda o mundo.
Não existe caminho mais curto, mais rápido ou mais fácil.

E quando você fizer isso, Não vai mais precisar levantar a mão para provar ao mundo que é alguém singular.


Porque outros já irão espontaneamente fazer isso por você!

Adapt: §

08/12/2008

Lágrimas no meio da noite

"Esta é a grande vantagem da morte, que, se não deixa boca para rir, também não deixa olhos para chorar..."
Machado de Assis (M.P. Brás Cubas)


Não, eu não quero morrer, mas eu não consigo sorrir e não paro de chorar por dentro...

Meus sonhos foram construídos numa redoma de cristal, que com o tempo fiz questão de deixar em cacos, e com ela se foram meus sonhos. Mas, ainda me restou um e esse eu guardei num baú bem profundo em algum canto misterioso da vida, que eu mesma esqueci. Por isso, hoje vivo num jogo de caça ao tesouro. E o meu sonho é conquistado assim passo a passo, cada dia uma nova peça desse jogo é descoberto.
E a medida que o X vai aparecendo, meu medo vai aumentando. Tenho medo...
Tenho medo de não estar seguindo os passos direito, de estar caminhando na direção oposta ao meu tesouro, de encontrar um outro tesouro ao invés do meu. Um nem tão lindo e nem tão sonhado!
Tenho temor do que possa acontecer quando eu finalmente encontrá-lo... mas tenho que encontrar.
Porque o meu sonho é também um pedaço do meu coração que despedaçou com a redoma cristalina...

§

24/11/2008

Meu sonho, Mein Kampf

Um dia eu construí um sonho. Antes mesmo de entender o que era uma universidade, eu queria conquistar uma. Mas pra conquistar tenho que lutar!
É uma luta difícil a que estou desbravando... mas eu sei que com força de vontade, eu vou conseguir.
Meu ensino fundamental foi mais pra basicão e o ensino médio deveria ser chamado ensino baixo. Por isso a luta é maior. Terminei cedinho, com quinze anos já tava de diploma. Mas, as minhas condições nunca foram tão favoráveis pra concluir o que o colégio estadual finge que terminou.
Daqui a uns poucos dias é meu níver... dezenove anos e uma vontade louca de parar de sonhar e começar a viver!
Mas já tenho novy...

A primeira batalha já está ganha. Agora vou pro segundo round. E, confesso, estou com medo de morrer em campo.
Meus concorrentes são fortes, e minha maior adversária, eu mesma, está em prantos... mas meu pranto só cabe a mim, chorar na frente do inimigo, jamais!
Me verão sorrindo até o final! Quando o gongo soar, se eu estiver caindo ao chão e o peso da derrota fizer a poeira levantar... ainda assim, fecharei meus olhos, que não haverão mais de chorar, e minha boca se calará num sorriso vitorioso!


Mas, um dia não muito distante, eu conseguirei o trófeu da vitória...
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Agora, meus linduxos... só preciso que estejam torcendo por mim na arquibancada da esperança... pois se vocês estiverem na arena comigo, minha vitória já estará garantida!

Bjocas de chocolate confeitado!!

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19/11/2008

AMIZADES

Catorze anos é uma vida, né?! Ás vezes penso que não... Pois tenho catorze anos jogados na lixeira das lembranças passadas.
Amizades de infância deveriam ser eternas, mas isso não vale na prática, ainda mais com um ingrediente fatal... A distância.
Não tenho nenhuma amiga, que eu tenha compartilhado alguma parte boa da infância. Na verdade, elas ainda estão lá. Mas não estão mais pra mim.

Saí da minha cidade natal aos 14, lá eu tinha amigos de berço, de chupeta e chutes na canela... Amigos que deveriam ser pra sempre. Mas não são.
Quando eu saí, deixei a promessa de nunca deixar de me comunicar, jamais sumir no mapa e que logo eu voltaria. Ainda não voltei, é verdade, mas não sumi do mapa.
Mandava cartas pros mais adorados, ligava nos seus respectivos aniversários, mandava presentes pela minha mãe e fotos minhas pra verem o quanto eu havia crescido. Pra que??
Pergunta se alguma vez alguém se deu o trabalho de responder a uma carta minha... Até parece! Nem mesmo a lembrança no dia do meu aniversário... Nada!
Até que a evolução chegou à pequena e rústica cidade. O Orkut...
Logo eu encontrei todos eles, fiquei numa empolgação imensa, mandei recados, bjuss e depoimentos.
Tá, eu recebi uns recadinhos de “saudades de vc tamb” e “eu te amo, apesar da distância”... Mas depois de uma semana, a minha foto se tornou só mais um perfil. Agora chega.

Será que eu terei uma amizade maior que a distância que nos separa?

“NÃO QUERO ALGUÉM QUE ME AME...
QUERO ALGUÉM QUE ME ESCUTE!”
(PAULA DAIANA)
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14/11/2008

Teoria do bolo de chocolate

Suponhamos que você entre em casa e encontre um delicioso bolo de chocolate sobre a mesa. A pergunta é: Como surgiu o bolo de chocolate?

Teoria 1 - Hipótese Criacionista

Alguém que sabe fazer bolo de chocolate, foi na dispensa, pegou ovos, manteiga, farinha, leite, açúcar, fermento e chocolate, pôs em uma forma, misturou-os na medida certa, levou ao forno na temperatura de correta, e após o tempo necessário, retirou o bolo do forno e o pôs propositalmente sobre a mesa, para você o ver.


Teoria 2 – Hipótese naturalista.


Segundo os naturalistas ateus, essa teoria é muito simples, e porque não dizer, muito obvia: O caminhão do Supermercado Vargas estava fazendo entregas, quando foi fechado por uma criança de bicicleta.

Tentando desviar da criança, o motorista girou muito o volante e deu uma freada brusca, o que o fez perder o controle do caminhão, que começou a capotar.

À medida que o caminhão capotava, dentro da carroceria, as caixas de ovos se abriram, bem como os sacos de farinha, as latas de chocolate em pó, as caixas de leite, os tabletes de manteiga, os fardos de açúcar, as latas de fermento em pó e o chocolate granulado. Enquanto o caminhão capotava, esses elementos iam se misturando de forma homogênea.

Dentro da carroceria do caminhão, havia também um cantil, que fora esquecido ali por um dos carregadores. Com o movimento do caminhão, o cantil partiu ao meio, e todos os elementos acima mencionados, mesclados na proporção correta, caíram dentro desse cantil.

Com o acidente, o caminhão explodiu, e incendiou.

Após o termino de 40 minutos, os bombeiros finalmente chegaram, e conseguiram conter o fogo.

Ao abrirem a carroceria, e para surpresa deles, estava lá, por obra do acaso, um lindo bolo de chocolate!...

Conclusão

Acontece, que o bolo de chocolate possui em média 12 elementos, uma célula possui acima de 2.000.000 de elementos, e nós somos informados de que a célula surgiu espontaneamente, e o surgimento aleatório de um bolo de chocolate é uma idéia ridícula...

Há um Criador: "E no princípio criou Deus os céus e a terra" (Gênesis 1:1).



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11/11/2008

Metamorfose de Narciso




Metamorfose de Narciso - 1937



Muitos, creio eu, já ouviram falar de Narciso, o jovem grego.
Conta-se a lenda que Narciso era um rapaz muito bonito, e que um dia passeando perto de um lago, viu sua imagem refletida. Aqui começa a tragicomédia... ele acabou se apaixonando pela sua própria beleza e ao tentar abraçar o seu reflexo, caiu no lago e se afogou!
Os deuses o transformaram em flor... (acho que isso foi pra tirar uma com o velho Narciso de guerra, que passou a ser chamado de florzinha, mas isso não vem ao caso.)

Salvador Dali retrata a cena de uma forma bem peculiar... Mostra Narciso sentado a beira de um lago, olhando pra baixo, e do seu lado, há uma figura de pedra que se parece com ele, mas é uma mão segurando uma espécie de ovo de onde brota a flor narciso.

Reparou?! agora tente olhar pro Narciso sem comparar ele com a pedra segurando um ovo com uma flor... não consegue, né?! É esse o destino de Narciso. É a sua punição. E nós os expectantes, é que damos essa punição a ele enquanto vemos a pintura. Nós somos os responsáveis pela metamorfose de Narciso.

E é por isso que eu a adoro. Dá-lhe Dali!!!

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05/11/2008

LOLITA

"Lolita, luz de minha vida, fogo de meu lombo. Meu pecado, minha alma. Lolita: a ponta da língua fazendo uma viagem de três passos pelo céu da boca, a fim de bater de leve, no terceiro, de encontro aos dentes. LO. LI. TA. Era LO, apenas LO, pela manhã, com suas meias curtas e seu um metro e quarenta e oito centímetros de altura. Era Lola em seu slacks. Era Dolly na escola. Era Dolores quando assinava o nome. Mas, em meus braços, era sempre Lolita."


Vladimir Nabokov


Comecei a ler esse livro por curiosidade, porque eu deveria estar lendo Memorial de Aires... Mas não consigo!
Doaram esse livro para "minha" biblioteca, e assim que vi, não resisti.
Gosto das lolitas... Talvez pela ousadia delas, ou talvez pelo doce sorriso que conseguem exibir diante do homem desejado, como se ele fosse apenas um brinquedo da loja cara que o dono lhe permitiu brincar, com a promessa de não estragá-lo.
Mas essa lolita é diferente... Ela tem apenas doze anos... Hoje em dia, isso pode ser lido como um romance pedófilo, sim Senhor! Mas, não creio que seja esse o ponto alto da trama, e sim, aquela pergunta que fica na nossa cabeça para o resto das nossas vidas... Ela era uma ninfeta mesmo, ou o H.H. (narrador-personagem) exagerou na trama com sua cabeça suja e doente?!
Ele mesmo diz que para reconhecer uma lolita é preciso que seja um artista e um louco, uma criatura de infinita melancolia, com um borbulhar de veneno ardente no lombo e uma chama supervoluptuosa a arder permanentemente na delicada espinha.

O livro é um verdadeiro best-seller, muito bom, só acho que a lolita desse livro deveria ter mais idade... Pra mim, não há nada de sedutor em uma menininha de meia soquete de doze anos.

Se bem que, só lendo pra saber como é a verdadeira Dolores, a Lô, a Lolita de Nabokov... e aí depois você me conta, ok?!
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27/10/2008

Minhas Férias




Último dia de aula. Pulei do alto da escadaria e quase me esborrachei no chão. Ainda bem que sempre fui uma garota equilibrada. O susto passou rápido, era um dia feliz.
E os dias seguintes seriam mais ainda.
Muitos dos meus amigos comemoravam e os garotos mais velhos soltavam foguetes, literalmente, por terem passado de ano. Eu não. Eu sempre passei sem precisar suar. Não havia graça nisso.
A minha felicidade se chamava férias no interior.
Novo dia, zarpei cedo. Peguei o ônibus às oito no Piauí e as dez cheguei ao Maranhão, onde eu pegaria outra condução. Mal deu tempo de engolir o lanche já tinha que subir no “carro que vai pro interior”. Mais conhecido, pelo pessoal de fora, como pau-de-arara.
Cheguei à tardezinha naquele vilarejo, chamado Mimoso. Há um mimo naquela paz, nas pessoas voltando do riacho, de banho tomado e pés sujos de areia pela longa caminhada. O sol se apagando. E o escuro reinando. Ainda não era hora de ligar o motor pra acender as luzes.
Minha avó sentada lá fora, me espera. Dá um sorriso, dá um abraço, dá uma vontade de chorar.
Noite. Tomo um banho rápido na cacimba do quintal. Um privilégio pra poucos. Vamos “lá pra cima”. Lá tem luz a motor. Tem a cidade, e principalmente, tem uma televisão na praça, que só funciona na rede globo. A cidade se diverte. Os mais velhos vêem as novelas das seis, das sete, o jornal nacional e a novela das oito. A garotada brinca. Os jovens conversam. E os casais vão pra trás da igreja.
As novelas acabam. E as luzes se apagam. Hora de ir dormir.

Agora minhas férias começam. Vou pra fazenda Bezerro. A casa da minha mãe e do meu padrasto. Família reunida. Dela, as cinco. Dele, os três.
Acordo cedo. Corro pro curral. O tio tá tirando leite. Splash-splash. Corro pro poço. Escovo os dentes. Corro pra cozinha. Leite fervido e cuscuz fumegante.

Corro pro mundo que me espera lá fora.












Hoje estou com saudades.. da minha vida.. da minha infância.. das férias no interior.. da fazenda do tio.. da casa da vozinha.. da família que eu tinha.. da redoma de vidro.. que se quebrou com o tempo e com a dor. E já não há mais conserto.


Fico assim...




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22/10/2008

O caos do trânsito

NOTA: 38
Goiânia, 22 de setembro de 2008

Exmo. Sr. Paulo Afonso Sanches

Venho por meio desta, confrontá-lo sobre o caos do trânsito da Grande Goiânia, um assunto que lhe diz respeito por ser o Superintendente da SMT, desta mesma região.
O senhor bem sabe que, Goiânia está registrando um índice cada vez mais alto de veículos motorizados, e que todo esse excesso de movimentação (muitas das vezes desgovernadas) está tornando o trânsito, um problema agravante.
Sem contar que há inúmeras falhas no sistema como, os níveis de ensino de trânsito desregulados e escassez de campanhas de conscientização da sociedade; e que todos os agravantes recaem sobre vocês, autoridades competentes. Por estes motivos, venho sugerir melhorias para tais problemas.
Primeiramente, deve-se trabalhar a questão da conscientização da população por meio de palestras e campanhas televisivas, onde lhes serão apresentados temas baseados na educação no trânsito, e importância do cumprimento das leis. E ainda, iniciar uma campanha para redução de veículos de passeio, mostrando como os estragos causados por excesso de motorizados afetam o nosso meio; mas para isso é preciso investir na melhoria do transporte coletivo.
Somente assim, depois da conscientização e nova adaptação, seria implantado as obras finais e consolidadoras deste projeto: o metrô.
Sinto que é dispensável divulgar o quão deslumbrante e apaziguador será se o metrô for instalado nesta cidade, e das inúmeras boas conseqüências que serão trazidas com esta tecnologia.
Espero que considere minhas sugestões e que leve esse projeto adiante, em reverência às pessoas que aqui vivem.


Respeitosamente,
COMENTÁRIOS DA MINHA ÚLTIMA REDAÇÃO
PS: a redação vale 40!
Corretor: ótima produção textual. você apresentou todos os elementos necessários para um bom desenvolvimento de sua redação.
Secretária: nossa, Paula, essa foi a melhor nota de redação desse cursinho nos ultimos tempos.
Guga (prof. de redação quando ficou sabendo da nota): Resnga... prega na porta da geladeira.
Nara: nossa, aquele corretor dá nota boa pra qualquer um. (e ela é minha melhor amiga.. rsrsrs)
Aline: uai, Paulinha... mas vc fez uma redação quase igual a minha, e eu ganhei só 28... eita nóis!
Eu: sem comentários!
§

08/10/2008

Passado distante..


Ás vezes construimos um sentimento que nem se pode nomear, mas se pode sentir de tal maneira que no fim vira um decifra-me ou te devoro! que consome todas as nossas ilusões e sorrisos.

Sempre me senti uma espécie rara nesse mundo tão padrão, porque nunca caí nas garras das atrações e paixões fulminantes. Nunca, em momento algum, me dei ao luxo de acreditar nas palavras de um homem, se elas eram dirigidas a minha pessoa, e muito menos me deixei levar por cantadas baratas ou mesmo as românticas.

O motivo da minha frustração?.. Amei aos cartoze anos, foi o primeiro, o puro (beijei ele umas pocas vezes) e o não correspondido...

Depois disso, deixei de me apaixonar, e passei a controlar o meu coração (outra coisa especial em mim), trancando indeterminadamente pra balanço.. foram três anos de dor, desilusão e amparo nas farras do mundo.. beijando apenas quem eu queria beijar, e curtindo só pra curtir!

Mas isso faz parte de um passado muito distante...
" Tudo de amor que existe em mim foi dado.
Tudo que fala em mim de amor foi dito.
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado."

Amei outra vez aos dezessete.. pra quê?!

No ínicio foi só uma brincadeira, coisa de menina querendo passar o tempo..
Mas foi ficando mais forte a medida que eu sentia falta dele, de não vê-lo sorrindo pra mim, e mais ainda de não ter a atenção que eu almejava muito... Mas, o maior problema, foi que ele acabou se encantando por mim (porquê homens são tão bobos??) e acho que a afeição que eu sentia acabou se misturando com a vontade de fazê-lo feliz...

PAUSA

Segundo o dicionário, "Amor é um sentimento que predispõe alguém a desejar o bem do outro".

CONTINUA

Pronto.. comecei a amar ele

Só que pra amar você deve sofrer... Acabou não dando certo... Acabou antes de começar.

Este amor foi o segundo, o puro (nunca nos tocamos) e repleto de contradições...

Mas esse é um passado distante

Hoje...


§

07/10/2008

Nenhuma sabedoria, nenhuma explicação e nenhuma maturidade intelectual
nos livra do sofrimento provocado
pela ruptura de um vínculo amoroso.
Pois o que dói não é só a perda do objeto do amor.
Lamentamos o aborto de um projeto, a renúncia de um sonho.
Choramos
acima de tudo, a dor da ferida narcísica,
o espelho partido, que não nos devolve a imagem como gostamos de nos ver refletidos.
Não aguentamos sentir a diferença instalada no olhar do parceiro,
que, antes confirmava o afeto, reafirmando a vida;
e agora congela a distância, condenando a morte!
?

19/09/2008

Des-conexo

sou complexa, mas não sofro de complexidade...
sou incompleta, só me falta achar a minha outra razão...
sou menina pura, transformada numa dama simpática...
sou sorrisos escondidos num furor nazista...
sou coroa na cabeça de um cara...
de um português que não é Dom...
sou a vida xeromórfica do cerrado...
vida torta, seca e vazia...
mas importante e vital!

vai entender?!

Minha condição humana grita desesperadamente por piedade..
não sei me expressar.. mas sei sentir.. isso não é o bastante?!
era até ontem.. agora preciso falar...

minha vida tá uma correria só.. trabalho, cursinho e igreja.. não tenho tempo pra amigos e nem pra familia... mas preciso desabafar...


tô cansada de não poder chorar, porque naum tenho um motivo que valha a pena pra isso..

mas kd a minha vida?? e o que é a vida??
somos apenas um bando de macacos espertos.. e sozinhos.. todos os seis bilhões de macacos sozinhos numa galaxia enorme..

a minha única certeza é que tenho um Deus que é maior que toda angústia, que todo desespero e toda acepção de humanidade.. Ele não é mais um homem.. Ele agora vive.. também quero viver.. preciso viver pra poder ter vida... preciso de um abraço no fim do dia, e ouvir dizer que sou especial uma vez no mês.. preciso de alguém que comemore meu aniversário comigo..e me abrace um pouco mais... preciso ir no clube tomar banho de piscina, porque aqui não tem mar.. ou eu iria ao mar.. e veria o pôr-do-sol.. e me lembraria dele e do quanto sofri por ele...

§

17/09/2008

DANCEM MACACOS, DANCEM

“Há bilhões de galáxias no universo observável, e cada uma delas contém centenas de bilhões de estrelas. Em uma dessas galáxias, orbitando uma dessas estrelas há um pequeno planeta azul, e este planeta é governado por um bando de macacos.

Mas esses macacos não pensam em si mesmos como macacos. Eles nem sequer pensam em si mesmos como animais; de fato, eles adoram listar todas as coisas que eles pensam separá-los dos animais: polegares opositores, autoconsciência; eles usam palavras como Homo erectus e Australopithecus. Você diz to-ma-te, eu digo to-ma-ti.

Eles são animais, certo?Eles são macacos.Macacos com tecnologia de fibra ótica digital de alta velocidade, mas ainda assim macacos.

Quero dizer, eles são espertos, você tem que concordar com isso. As pirâmides, os arranha-céus, os jatos, a Grande Muralha da China, isso tudo é muito impressionante para um bando de macacos! Macacos cujo cérebros evoluíram para um tamanho tão ingovernável que agora é impossível para eles ficarem felizes por muito tempo. Na verdade, eles são os únicos animais que pensam que deveriam ser felizes. Todos os animais podem simplesmente ser. Mas não é tão simples para os macacos.

Pois os macacos são amaldiçoados com a consciência e, assim, o macaco tem medo. Os macacos se preocupam. Os macacos se preocupam com tudo, mas, acima de tudo, com o que todos os outros macacos pensam. Porque os macacos querem desesperadamente se encaixar com os outros macacos, o que é bem difícil, porque a maior parte dos macacos se odeia. Isto é o que realmente os separa dos outros animais. Estes macacos odeiam! Eles odeiam macacos que são diferentes, macacos de lugares diferentes, macacos de cores diferentes... Sabe, os macacos se sentem sozinhos, todos os seis bilhões deles. Alguns dos macacos pagam outros macacos para ouvir seus problemas, os macacos querem respostas.

Os macacos sabem que vão morrer, então os macacos fazem deuses e os adoram. Então os macacos começam a discutir quem fez o Deus melhor, e os macacos ficam irritados, e é quando geralmente os macacos decidem que é uma boa hora de começar a matar uns aos outros. Então os macacos fazem guerra, os macacos criam bombas de hidrogênio, os macacos tem o planeta inteiro preparado para explodir!

Os macacos não sabem o que fazer. Alguns dos macacos tocam para uma multidão de outros macacos, os macacos fazem troféus e dão para si mesmos, como se isto significasse algo. Alguns dos macacos acham que sabem de tudo. Alguns dos macacos lêem Nietzsche, sem dar qualquer consideração ao fato de que Nietzsche era só outro macaco.

Os macacos fazem planos, os macacos se apaixonam, os macacos fazem sexo e então fazem mais macacos. Os macacos fazem música e então os macacos dançam. Dancem, macacos, dancem! Os macacos fazem muito barulho, os macacos tem tanto potêncial, se eles pelo menos se dedicassem...

Os macacos raspam o pêlo de seus corpos numa ostensiva negação de sua verdadeira natureza de macaco. Os macacos constroem gigantes colméias de macacos que eles chamam de “cidades”, os macacos desenham um monte de linhas imaginárias na terra. Os macacos estão ficando sem petróleo que alimenta sua precária civilização, os macacos estão poluindo e saqueando seu planeta como se não houvesse amanhã.

Os macacos gostam de fingir que está tudo bem, alguns dos macacos realmente acreditam que o universo inteiro foi feito para seu beneficio, como você pode ver, esses são uns macacos atrapalhados. Estes macacos são ao mesmo tempo as mais feias e mais belas criaturas do planeta... Os macacos não querem ser macacos, eles querem ser outra coisa. Mas não são... "


ERNEST CLINE

08/09/2008

NÃO AMEIS O MUNDO





1 Jesus falou assim e, levantando seus olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti;
2 Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.
3 E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
4 Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer.
5 E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.
6 Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra.
7 Agora já têm conhecido que tudo quanto me deste provém de ti;
8 Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste.
9 Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.
10 E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e nisso sou glorificado.
11 E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.
12 Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.
13 Mas agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos.
14 Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.
15 Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
16
Não são do mundo, como eu do mundo não sou.
17 Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.
18 Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
19 E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.
20 E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim;
21 Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
22 E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.
23 Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.
24 Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo.
25 Pai justo, o mundo não te conheceu; mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste a mim.
26 E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja.


JOÃO 17

05/09/2008

GOSTO DE VOCÊ

Gosto de gente com a cabeça no lugar,de conteúdo interno, idealismo nos olhos e
dois pés no chão da realidade.
Gosto de gente que ri, chora,se emociona com um simples e-mail,
um telefonema, uma canção suave,
um bom filme, um bom livro,
um gesto de carinho,um abraço, um afago.
Gente que ama e curte saudade,
gosta de amigos, cultiva flores,ama os animais.
Admira paisagens, poeira e chuva.
Gente que tem tempopara sorrir bondade,
semear perdão, repartir ternuras,
compartilhar vivências e
dar espaço para as emoções dentro de si,
emoções que fluem naturalmentede dentro de seu ser!
Gente que gosta de fazer as coisas que gosta,
sem fugir de compromissos
difíceis e inadiáveis,
por mais desgastantes que sejam.
Gente que colhe, orienta, se entende,
aconselha, busca a verdade equer sempre aprender,
mesmo que seja de uma criança,
de um pobre, de um analfabeto.
Gente de coração desarmado,
sem ódio e preconceitos baratos.
Com muito AMOR dentro de si.
Gente que erra e reconhece,
cai e se levanta,apanha e assimila os golpes,
tirando lições dos erros e
fazendo redentoras
suas lágrimas e sofrimentos.
Gosto muito degente assim.......
e desconfio que édeste tipo de gente
que DEUS também gosta!
E é por isso, que gosto tanto de você!!!
(Artur da Távora)

03/09/2008

COITADA DA ABIGAIL

Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria.Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.
- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?
Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.
- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?
- Ok. Marcado.
Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado.
Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.
Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.
- Quer bem cavada?
- É... é, isso.
Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.
Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei.
De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).
- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né?
Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar. Foi rápido e fatal.
Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?
Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.
Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali.
Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me teletransporta".Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.
Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.
Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.
Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê.
Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista!!! Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:
- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.
Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos?
E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá? Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali.
Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.- Vira agora do outro lado.
Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.
- Penélope, empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.
Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho?
Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.
Namorar...namorar... Eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.

29/08/2008

VERDADE E MENTIRA

Passando pelo lago existencial, fiquei muito surpreso com a imagem que vislumbrei. Surpreso ao ponto que me fez pensar na infância.
Meus pais sempre me falaram da diferença entre as duas. Diante do que vi no lago, lembrei da infância e da família.
A imagem me incomodava, pois traia minha razão... Convicções! Reflexão? Interrogação? As duas estavam ali tão próximas, mas eram tão diferentes. As duas juntas num mesmo lugar. Uma cena curiosa. Reflexões e mais reflexões. Mas não era confusão. Pura realidade.
Elas estavam nuas. Mergulhavam e agitavam as águas do lago da existência como jamais alguém tenha visto antes. Pura sorte a minha? Pura obra do acaso? Claro que não. Encontrá-las nesse lago foi conseqüência de muita inquietação.
Mas afinal quem era a verdade e quem era a mentira naquele lago de tanta sofreguidão..., desolação e reflexão? Estavam tão juntas, a verdade e a mentira, que geraram tanta confusão. Nuas, pouca distinção.
Mais tarde me veio a grande surpresa. Enquanto uma se deliciava, distraída, nas águas do lago, a outra, sorrateiramente, roubou-lhe as roupas. A verdade estava distraída, distraída continuou. Sem perceber a grande loucura que tal cena provocou: a mentira que se vestira das roupas de verdade e que se dissipou.
A verdade, sozinha e sem roupas, percebendo a grande loucura saiu às pressas atrás das roupas que a mentira roubara. Sem a verdade, o lago da existência ficou vazio. Numa perseguição implacável a verdade disputava com a mentira pessoas, casas, lugares. A batalha não foi fácil. A mentira entrava pelas casas vestidas de verdade. Mas a verdade era impendida porque estava nua.
Parei. Pensei: era mais fácil aceitar uma mentira vestida com roupas de verdade do que aceitar uma verdade nua.
CRISDINEI SOARES
Meu prof de filosofia

25/08/2008

Relato pessoal

A tarde estava radiante naquele dia, e eu como sempre enfurnada dentro de um supermercado a comprar coisas mais dispensáveis que necessárias. Preciso de um descanso. Lembrei que ali perto havia uma pracinha pouco movimentada, e muito convidativa. Não resisti. Fiz minhas compras o mais rápido que pude, dessa vez só o essencial (juro!), e logo estava acomodada num banquinho de madeira.
A princípio tudo foi me parecendo muito fantasioso, a tarde que caía, e a tranqüilidade e sossego misturados aos risos de algumas crianças que brincavam ali perto.
Foi quando ele chegou. A sua presença contrastando com aquele local de puro encantamento. Um ser ofuscante. Fiquei a observá-lo ali do outro lado da rua.
Devia ter por volta de 45 anos, talvez menos. Usava roupas surradas e de aspectos repugnantes, a barba por fazer e olhar perdido. No que estaria pensando? Centenas de fagulhas passaram pelo meu cérebro. Tantas coisas haveriam de passar na cabeça de um... Mendigo?! Como devo chamá-lo, se todos são tão iguais de aspectos e condições que se parecem com animais não domesticáveis, e que por isso, não necessitam de um nome específico?!
Mas esse homem deve ter eira e beira, mas anda perdido entre os detritos. Será que ele escolheu essa vida miserável ou é conseqüência de escolhas erradas? Só sei, que esse homem sobrevive pela necessidade, pois já não existe brilho nos seus olhos miúdos. Não existe paz naquele corpo quase inerte de andarilho. Já não existe amor, já não existe dor. Não existe nada. Apenas o instinto. Porquê Meu Deus?
Nesse momento não sinto piedade, só resignação. Apenas a resignação pela vida. Vida miserável que nos subjuga a rélis mortalidade; vida que nos leva a ser como ele, mesmo que interiormente. Homens sujos, homens perdidos, incapazes de dar um basta nesta vida, rélis vida miserável de mortais.
As compras rolam pelo chão; minhas lágrimas descem no rosto humanizado.
Danna

18/08/2008

ALMA

"Existe um ser que mora dentro de mim como se fosse a casa dele, e é.
Trata-se de um cavalo preto e lustroso que apesar de inteiramente selvagem
- pois que nunca morou antes em ninguém nem jamais lhe puseram rédeas nem sela -
apesar de inteiramente selvagem tem por isso mesmo
uma doçura primeira de quem não tem medo:
come ás vezes na minha mão.
Seu focinho é úmido e fresco.
Eu beijo seu focinho.
Quando eu morrer, o cavalo preto vai ficar sem casa e vai sofrer muito.
A menos que ele escolha outra casa e que esta outra casa
não tenha medo daquilo que é ao mesmo tempo selvagem e suave.
Aviso que ele não tem nome: basta chamá-lo e se acerta com seu nome.
Ou não se acerta, mas, uma vez chamado com doçura e autoridadade, ele vai.
Se ele fareja e sente que um corpo-casa é livre, ele trota sem ruídos e vai.
Aviso também que não se deve temer o seu relinchar:
a gente se engana e pensa que é a gente que está relinchando de prazer ou de cólera,
a gente se assusta com o excesso de doçura do que é isto pela primeira vez."

Clarice Lispector
UMA APRENDIZAGEM OU O LIVRO DOS PRAZERES

14/08/2008

COMO É MESMO O NOME?

Levou o manequim de madeira à festa porque não tinha companhia e não queria ir sozinho.

Gravata bordeaux, seda. Camisa pregueada, cambraia. Terno riscado, lã. Tudo do bom. Suas melhores roupas na madeira bem talhada, bem lixada, bem pintada, melhor corpo. Só as meias um pouco grossas, o que porém se denunciaria apenas se o manequim cruzasse as pernas. Para o nariz firmemente obstruído, um lenço no bolsinho.

No relógio de ouro do pulso torneado, a festa já tinha começado há algum tempo.

Sorridentes, os donos da casa se declararam encantados por ter ele trazido um amigo.

— Os amigos dos nossos amigos são nossos amigos — disseram saboreando a generosidade da sua atitude. E o apresentaram a outros convidados, amigos e amigos de nossos amigos. Todos exibiram os dentes em amável sorriso.

Recebeu o copo de uísque, sua senha. E foi colocado no canto esquerdo da sala, entre a porta e a cômoda inglesa, onde mais se harmonizaria com a decoração.

A meia hilaridade pintada com tinta esmalte e reforçada com verniz náutico exortava outras hilaridades a se manterem constantes, embora nenhuma alcançasse idêntico brilho. Abriam-se os transitórios vizinhos em amenidades que o compreensivo calar-se do outro logo transformava em confidências. Enfim alguém que sabia ouvir.

Relatos sibilavam por entre gengivas à mostra e se perdiam em quase espuma na comissura dos lábios. Cabeças aproximavam-se, cúmplices. Apertavam-se as pálpebras no dardejado do olhar. O ruge, o seio, o ventre, a veia expandida palpitavam. O gelo no uísque fazia-se água.

A própria dona da casa ocupou-se dele na refrega de gentilezas. Trocou-lhe o copo ainda cheio e suado por outro de puras pedras e âmbar. Atirou-se à conversa sem preocupações de tema, cuidando apenas de mantê-lo entretido. Do que logo se arrependeu, naufragando na ironia do sorriso que lhe era oferecido de perfil. A necessidade de assunto mais profundo levou-a à única notícia lida nos últimos meses. E nela avançou estimulada pelo silêncio do outro, logo úmida de felicidade frente a alguém que finalmente não a interrompia. No mais frondoso do relato o marido, entre convivas, a exigiu com um sinal. Afastou-se prometendo voltar.

O brilho de uma calvície abandonou o centro da sala e coruscou a seu lado, derramando-lhe sobre o ombro confissões impudicas, relato de farta atividade extraconjugal. Sem obter comentários, sequer um aceno, o senhor louvou intimamente a discrição, achando-a, porém, algo excessiva entre homens. Homens menos excessivos aguardavam em outros cantos da sala a repetição de suas histórias.

Não acendeu o cigarro de uma dama e esta ofendeu-se, já não havia cavalheiros como antigamente. Não acendeu o cigarro de outra dama e esta encantou-se, sabia bem o que se esconde atrás de certo cavalheirismo de antigamente. Os cinzeiros acolheram os cigarros sem uso.

Um cavalheiro sentiu-se agredido pelo seu desprezo. Um outro pela sua superioridade. Um doutor enalteceu-lhe a modéstia. Um senhor acusou-lhe a empáfia. E o jovem que o segurou pelo braço surpreendeu-se com sua rígida força viril.

Nenhum suor na testa. Nenhum tremor na mão. Sequer uma ponta de tédio. Imperturbável, o manequim de madeira varava a festa em que os outros aos poucos se descompunham.

Já não eram como tinham chegado. As mechas escapavam, amoleciam os colarinhos, secreções escorriam nas peles pegajosas. Só os sorrisos se mantinham, agora descorados.

No relógio torneado do pulso rijo a festa estava em tempo de acabar.

As mulheres recolhiam as bolsas com discrição. Os amigos, os amigos dos amigos, os novos amigos dos velhos amigos deslizavam porta afora.

Mais tarde, a dona da casa, tirando a maquilagem na paz final do banheiro, dedos no pote de creme, comentava a festa com o marido.

— Gostei — concluiu alastrando preto e vermelho no rosto em nova máscara —, gostei mesmo daquele convidado, aquele atencioso, de terno riscado, aquele, como é mesmo o nome?








(Do livro "O leopardo é um animal delicado", de Marina Colasanti)

14/07/2008

A CURA

O tempo não existi
Amanhã a chama da vida
Pode apagar você o que fez?
Procurou tornar seu problema
maior que a solução
Fez-se refém de algum período do passado
A dor que vivemos pode
Destruir ou construir
Depende de cada um
A vida nunca foi e nunca será um mar de rosas
Antidepressivos, tratam da dor da depressão
Mais não cura o sentimento de angústia e solidão
Não se viver de teorias e tão pouco de palavras
Supere a masmorra do medo
A cura esta dentro de cada ser
Jussara

08/07/2008

Outros dias

Belos dias, saborosos dias
Onde tudo é brincadeira de criança
Onde a lágrima acaba antes de cair
Como é bom cada minuto
Como é bom o cheiro do campo
A tranqüilidade que o vento vai ao longe!

Como não percebi isso antes
Porque não valorizei antes do dia acabar
Antes da vida cessar
Lá se vai ao longe os sonhos de outrora
O tempo aquele corrido tempo
Onde o homem vira máquina.
Paro aqui, não porque quero
Porque não dá mais tempo
Agradeço minha estadia
Agradeço a acolhida
Agradeço por um dia ter existido
Nos vossos corações!
JUSSARA

30/06/2008

REFLEXÃO

O Pote Rachado

Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessado em seu pescoço.

Um dos potes tinha uma rachadura.

Enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe, o outro chegava apenas com a metade da água.

Foi assim por dois anos, diariamente: o carregador entregando um pote e meio de água na casa do chefe.

Claro que o pote estava orgulhoso de suas realizações.

Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas metade do que ele havia designado a fazer.

Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem, um dia a beira do poço:Estou envergonhado e quero pedir-lhe desculpas.
Por que? perguntou o homem - De que você esta envergonhado?

Nestes dois anos eu fui capaz de entregar apenas a metade de minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu senhor.

Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho e não ganha o salário completo dos seus esforços. Disse o pote.

O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão, falou: quando retornarmos para a casa do meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do caminho.

De fato, a medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou as flores selvagens ao longo do caminho, e isto lhe deu certo ânimo.

Mas ao final da estrada, o pote rachado ainda se sentia mal porque tinha a metade e de novo, pediu desculpas ao homem por sua falha.

Disse, então, o homem ao pote: Você notou que pelo caminho só havia flores do seu lado? eu, ao conhecer o seu defeito, tirei vantagem dele e lancei sementes de flores no seu caminho.

E cada dia, enquanto voltavamos do poço, você as regava.
*LOMA*

24/06/2008

A Impontualidade do Amor

Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar.

Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.

Triiiiiiiiiiiimmm!

É sua mãe... Quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa? Agora, por exemplo... ... que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio. O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos Outros, sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio uma locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa. O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.

A primeira lição está dada: ... o amor é onipresente. Agora a segunda: ... mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde... depois de uma discussão e... as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. ...


Idealizar é sofrer !

Amar é surpreender !
*loma*

23/06/2008

ESPÍRITO SANTO

"E o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo.."
Lucas 3:22

Sei que você já deve ter ouvido falar (e muito)
no Espírito Santo, mas você tem revelação de quem realmente Ele é?!
Vamos repassar: Deus é um ser Triuno
... E existem o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Deus Pai habita no Céu desde o princípio... Deus Filho já esteve aqui na Terra, mas hoje está à direita de Deus Pai... Então quem está sempre ao nosso lado? Ele mesmo: Deus Espírito Santo!!
O Espírito Santo por assim dizer é um presente dos céus, pois quando Jesus foi embora o deixou para ser nosso consolador e guia constante.
Todavia o espírito santo é uma pessoa que pode sentir, compreender e responder... E tem capacidade para amar e odiar ficar feliz ou triste, se chatear ou ficar irado.
Ele tem muita personalidade!
Mas acima de tudo é um grande amigo que te ampara, que nunca vai ser infiel contigo... E o mais importante é um dos meios mais rápidos pra se conectar com o Pai e com o Filho. E foi pra isso que Ele veio pra te ensinar o caminho do Pai em nome de Jesus!!

O melhor de tudo é saber que Ele sempre está com você... Mas só passa a viver em você quando Jesus é convidado a entrar em seu coração, então você se enche e transborda com sua presença!

O espírito santo é a pessoa mais bela, mais preciosa e mais encantadora do mundo... E tudo o que Ele quer é ter um relacionamento contigo por toda a vida e te levar por um caminho seguro até os braços do Pai...

Ame-o como a um irmão, ou até mais
!
§

17/06/2008

A PROMESSA

Muitas pessoas estão desesperadas, não sabem aonde procurar ajuda e encontram numa igreja e em Deus a última saída para seus problemas.
Deus não quer ver ninguém doente, pobre, infeliz... E é quando nos entregamos que vemos nas promessas de Deus uma nova vida, uma mudança e não apenas uma melhora!!!
Se Deus disse na palavra dele que quem confia nele nada o faltará! Que deramará bençãos sem medida, que não terá nenhuma doença e será bem aventurado em tudo o que fizer... É porque Ele quer fazer isso na vida daqueles que creêm e entregam a vida em suas mãos.
Eu sei que ás vezes as diversidades são tão grandes que não sabemos para onde correr... Mas olhe apenas para Deus e para as suas promessas que Ele quer fazer cumprir na vida daqueles que creêm.
Deus não quer te fazer um vencedor e sim mais do que vencedor,basta apenas você tomar posse dessa promessa!!!

Na fé, Fernanda Cardoso..


Marca da Promessa
Trazendo a Arca

Se tentam destruir-me zombando da minha fé
E até tramam contra mim
Querem entulhar meus poços
Querem frustrar meus sonhos e me fazer desistir
Mas quem vai apagar o selo que há em mim
A marca da promessa, que ele me fez
E quem vai me impedir se decidido estou,
Pois quem me prometeu é fiel pra cumprir
O meu Deus nunca falhará, eu sei que chegará minha vez
Minha sorte ele mudará diante dos meus olhos
Eu tenho a marca da Promessa
Eu tenho a marca da Promessa, que ele me fez

13/06/2008

Antes de você


Nesta loucura de amar, esqueci de me amar.

Amei só você, vivi só por você.

E hoje, hoje choro por você.

E você onde está?

Tentando me esquecer, vivendo um outro amor.

A minha maior aventura; me entrega.
O meu maior erro; não me amar

O amor se torna inútil quando

Não amamos a nós mesmos

Hoje quando viajo para dentro de mim

Vejo uma pessoa que chorou, sofreu

Mas que aprendeu.....

Que só dá para amar

Se em retribuição

Amado ser.

JUSSARA

09/06/2008

Reflexão

A tempos que não me sinto assim como se me faltasse motivação para viver, como se me faltasse ar para respirar, como se me faltasse sonhos para sonhar, como se faltasse um coração dentro de mim, não consigo prosseguir por que não tenho o porquê prosseguir, não tenho para onde ir, onde chegar, alguém para me olhar, e enxergar minha alma, minha alegria, minha tristeza, que me conheça só pelo meu jeito de olhar, me falta amor, me falta amar, me falta ser amada, querida..
Ter para onde ir de verdade, ter braços para me acolher, ter um corpo que eu possa sentir sobre o meu, alguém que eu possa chamar de meu.. Alguém só meu, um pedaço de mim, algo feito para mim, que me complete.. Faça-me rir que me faça chorar, que faça parte de mim, que acabe dentro de mim.. Que se misture, que nunca se separe que esteja ausente, presente mais que nunca me deixe ir, nunca me deixe partir, que me segure quando eu estiver caído..
Vou a todos os lugares, converso com pessoas, ando a noite pelas ruas escuras me sento num banco de praça, olho o céu, procuro resposta para este vazio, esta ausência de mim, esta ausência de estar comigo, não consigo me achar, não tenho forças para me buscar e assim vou andado sem ter idéia de onde ir, sem ter idéia de como te achar, de como me achar..
Em que momento da vida me perdi, em que momento comece a viver por viver, em que momento esta tristeza me invadiu me deixando sem rumo, quando foi que me perdi e agora como faço para me achar, como recuperar um pedaço de mim..
Eu consigo sorrir, consigo brincar mais sei que as verdades se escondem dentro de mim, e que só eu consigo enxergar, a falta que me faz o suspirar de alguém que eu desconheço conhecer.
Autora: Jussara Laura

06/06/2008

O PQ DAS COISAS

Pq agt sempre planeja uma coisa q nunca vai dar certo?

Pq agt espera por um dia q nunca vai chegar??

Pq agt faz td mas n recebe nd?

Pq agt sempre acha q o prícipe encantado vai vir num cavalo branco??

Pq agt espera por um abraço de alguém sabendo q nunca vai ganhar?

Pq as melhores amigas moram tão longe?

Pq a vida é assim??


Eu acho q a vida é assim pq ela guarda o melhor pro final,

se n chegou no melhor é pq ainda n ta no final!!



Srtª Padilha!!