29/04/2009

Perder

Fico aos berros tentando desabafar, mas tapam a minha boca, como se as minhas palavras fossem loucas. As muitas perguntas que afundam de respostas, não conseguem afastar as minhas dúvidas.
E eu me afogo nelas e não consigo me salvar, porque não me acho.
Deixo que minhas palavras aguardem o tempo exato pra falar, mas são coisas minhas que talvez você nem queira saber. Só sei que já não escrevo mais cartas de amor.
Eu não queria te perder agora, porque perder é como não ter bússola, porque preciso daquilo que é meu para achar o meu lugar.
Se um dia você se sentir só e lembrar que eu te admirei (amei), e vier a minha procura, não vai me encontrar. Neste dia eu terei cansado de esperar e já estarei voltando pra casa. E lá eu andarei só, e trocarei passos com a solidão.
Se o amor sentir frio. Fecharei o meu
casaco.


§

23/04/2009

Sem Fôlego

Quando a tua mão segurou a minha...
Respiração presa... Taquicardia.
Parei no tempo, não sabia o que pensar
Porque pensei que fosse me beijar
Me puxou como se fosse me levar
Mas apenas me olhou como se fosse me amar
Sorriu como se fosse me conhecer
E o tempo que parecia parar
Foi rápido como um relâmpago.
Sorriso bobo, gosto de querer,
Borboletas no estômago.
Nossas vozes foram ficando roucas.
Porque quando você me toca
Vejo borboletas tão loucas?
E choro quando anjos merecem morrer!
§

15/04/2009

Passividade

Amar e ser correspondido corresponde à razão da existência do ser humano.
Por isso, amo você!
Acha pouco?! Você me ama e eu te amo, o que mais você quer?
Te dou meu sorriso, te dou um pedaço do meu tempo, te dou um afago...
Te dou o que sempre pede... Bom, nem sempre!

Porque seus desejos são demasiados humanos.
Não gosto de desejos carnais.


Estou presa no passado, no passado distante, no Teddy-Bear e nas amizades que não sobreviveram.


§