28/09/2012

Um sábado qualquer


Levantou com um sorriso débil no rosto, saboreando o dia movimentado de emoções que teria. Hoje ela tinha um motivo para levantar, para se vestir e sair rumo afora. Vestira-se com uma roupa diferente do normal, nada daquele uniforme mesmo, a mesmice do preto a incomodava e ela não estava disposta a sofrer incômodos, hoje não.
Chegou ao seu destino de sempre, no horário que deveria ser e sorriu novamente sem saber por quê. Até que o viu. Ficou contente por ele estar lá e do jeito que imaginava, lindo, lindo, lindo...
O desejo corroia a sua alma. Queria ir até ele, dizer como estava feliz em vê-lo ali, mas contentou-se em passar por sua frente e ignora-lo. De costas sabia que era observada e sabia muito mais que era desejada. Ele adorava o seu bumbum redondo e seu gingado adolescente.
Foi aos seus afazeres e por um minuto ou mais esqueceu do sentido daquilo tudo. Até que o monitor lhe avisou que ele estava por perto, era inconsciente. Saiu e viu um fervilhão de pessoas lá fora. Tudo se movimentava no compasso do seu corpo que fervilhava na intensidade do desejo.
Resolveu ir se refrescar, e como no conto da ovelha, o lobo estava à espreita, esperando ela se deliciar da água que jorrava em forma de arco-íris. Tudo era colorido quando ele estava por perto. Ambos estavam cansados da longa manhã. Ele sorriu, conversou coisas à toa e ela só pensava em como dizer que o queria.
Então tão espontâneo como a sua vontade ela pediu que o acompanhasse. Ele sorriu como se não levasse aquela brincadeira a sério e mesmo assim foi. Entrou na sala dele devagar sabendo que era seguida, e ia com a firmeza decidida de uma mulher que sabe o que quer. Ainda que seu coração quisesse saltar pela boca e suas pernas tivessem perdido a potência. Tinha que se aconchegar naqueles braços. E foi assim que fez.
Ele a abraçou e sorriu levemente antes de beijá-la e ela se deixou abandonar por aquele gosto de querer que vinha dos dois. Os corpos se elucidaram ao contato um do outro e não restava mais nada além de um só desejo. Faíscas de puro prazer entornavam aquele abraço apertado, os lábios se moviam no ritmo intenso das mãos, ahh..
Finalmente ela conseguira o que sempre quis. Um momento intenso e solitário com aquela boca que era objeto dos sonhos mais reprimidos que povoavam aquele corpo pequenino e cheio de significância. Finalmente ela era desejada com a mesma intensidade e com certeza, seria amada da mesma forma. Aquilo era só uma questão de tempo agora. Ela pensava e seu sorriso débil se aflorava enquanto dizia a ele que fora uma honra para ela estar com ele naquele momento.
Virou-se, empinou seu redondo falo e foi embora para o movimento incessante da vida que não parara um instante sequer.

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