22/05/2009

Pra você me entender!

De onde é que vem esses meus olhos tão tristes?
Não, não vem das campinas. Vem do fundo da minha alma. E por vezes tento disfarçar que está tudo bem, e quando olha pra mim é um sorriso que vê. Mas não viu o meu coração. Não sabe se ele está inteiro, ou se a mancha que viu no lado esquerdo do meu peito não era uma gota de sangue. Acho que era.
O meu olhar triste também vem do sol que se deita. A escuridão que me amedronta. Que me faz sentir sozinha como a lua. Ela e eu sabemos o que é estar em meio à multidão e se sentir só. Me identifico, aprecio. Mas, ainda assim, prefiro o nascer do sol. Sunrise blue!
De onde é que salta essa voz tão risonha?
Vem da perda tristonha que o sol resgata, arde e deleita. Vem da memória que não apaga. Dos momentos que não voltam. Do fogo que acende o meu coração. Vem da sua presença.
Não sei se dos meus pés na terra nascem flores, mas dos meus olhos saem cachoeiras. Cachoeiras de vontade que não consigo realizar. Cachoeiras de saudades. De amores perdidos. De encontros e desencontros. Cachoeiras de i miss you.
Mas meu olhar não é sempre triste, são apenas lágrimas e chuvas. E eu não gosto de frio.

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Ontem um pedaço do meu coração se perdeu na rodoviária. Espero que você o encontre quando voltar. Te amo muito miojo. I miss you!!


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21/05/2009

E agora?!

O desejo não pensa; ele anseia...


E a vontade não sabe querer para trás.
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Meus ursinhos me fazem companhia.




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11/05/2009

Sonho

Ontem tive um sonho. Ou muitos. Lá no meu reino dos sonhos, posso sonhar um minuto como se fosse um ano e ter um sonho e achar que morri. Sonhei, sonhei e sonhei. Acho que sonhei a noite inteira.
Não queria acordar, mas de repente acordei assustada. Olhei a hora... Ainda tinha tempo pra sonhar mais. Voltei a dormir e o sonho continuou no ponto onde tinha parado. Eu e ele estávamos passeando no jardim.
Mesmo sonho, mesma alegria, mesmo desejo... E uma intrusa! Ainda não descobri quem foi o traidor que lhe entregou as chaves do meu castelo. Mas lá estava ela, passeando por entre as rosas cor-de-rosa... Minhas preferidas... Leve, envolvente, menina-mulher. Chamou a atenção dele, e ele homem-bobo sorriu. Com seu jeito infantil e venenoso, ela começou a dançar, dançava e ria. Ria um sorriso meio débil e sarcástico. Ria para ele, débil. Ria para mim, sarcástica. E ele ria. Bobo.
Naquele meio tempo, já não queria mais sonhar, queria destruir o meu mundo e fundar um novo onde não teria mais portas e nem traidores. Mas não conseguia. Continuei observando sua dança maquiavélica.
Ele soltou minha mão e começou a bater palmas enquanto continuava mirando e engolindo cada passo que a menina-mulher dava. Era vermelho, o lenço que ela rodava, e de repente era só uma fita de laço.
Enquanto ela dançava, fui ficando pequena e desbotada de tanta solidão.
E ela cada vez mais brilhante, jovem e florida, com minhas rosas que não são vermelhas, paixão. Apenas sedução. Coisa de lolita. Passou próximo a nós e o envolveu com um perfume embriagador... Incógnito. Ele parou e olhou para mim com um olhar de pena. Escarro de amor. E com passos firmes, foi atrás dela. Por que homens são tão bobos?
Agora ela era uma mulher. E eu tive a impressão de que ela saberia me responder. Mas quando virou para mim, meu mundo caiu.
Até agora eu não obtive resposta.
Mas acordei com lágrimas no rosto.


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